segunda-feira, 25 de abril de 2011

A8/b- GESTÃO DO CONHECIMENTO

A8/b- Texto para reflexão (25/04/2011)

Em virtude da realização da 1ªavaliação,  a aula de hoje possuirá apenas texto para reflexão.
O texto abaixo nos convida a refletir sobre o denominado CAPITAL INTELECTUAL.
Gestão do Conhecimento ou Capital Intelectual
por Imara Hebling Camargo, publicado no dia 16 de abril de 2011 no site www.administradores.com.br)
O tema “capital intelectual” é relativamente recente e pouco explorado, pois o conhecimento sempre foi usado de forma mecânica, já que os tipos de trabalho eram sempre os mesmos e não exigiam nenhum tipo de conhecimento técnico específico. As diversas abordagens sobre a gestão do conhecimento iniciaram em meados da década de 1990, quando os compradores de empresas prontificarem-se a pagar, pela compra, valores muito acima do declarado no patrimônio líquido da empresa adquirida. Esse novo tema foi impulsionado pela idéia que as empresas competem através de pessoas, o que nos leva ao pensamento de que as habilidades e competências precisam cada vez mais ser gerenciadas, o que privilegia o fator humano, porém exige o comprometimento com os negócios.
Na prática, esse tipo de ativo vem sendo analisado e avaliado precisamente apenas quando a empresa é vendida, mas há interesse da contabilidade em avaliá-los antes, pois a falha ao identificar os ativos intangíveis dos tangíveis afetam diretamente o valor real desse último.
O Dicionário Michaelis traz a definição de conhecimento como ato ou efeito de conhecer, faculdade de conhecer, idéia, noção, informação, notícia, consciência da própria existência.
Dentre outras definições, Melo (2003, p. 36) afirma a gestão do conhecimento como: Uma disciplina que objetiva democratizar o acesso aos conhecimentos obtidos por indivíduos, seja qual for o meio escolhido pelo gestor, organizando, classificando e criando dispositivos para a sua disseminação conforme o interesse e propósito de um grupo.
Então, gerenciar o capital intelectual é necessário para, além da contabilização desse ativo intangível, desenvolver talentos, a fim de captá-los. É imprescindível  entender qual o real valor de um colaborador, e quais resultados eles podem trazer com seu capital intelectual, através de treinamentos, desenvolvendo o que de melhor esse trabalhador pode contribuir para o resultado, vinculando a este prêmios, como forma de incentivos, assim, formando um grupo de Capital Intelectual.
Então, a Gestão do Conhecimento ou o Capital Intelectual passou a ser uma estratégia que transforma as informações e o talento dos membros de uma organização em novos valores, convertendo-os em produtividade e competitividade, visando ter resultados ótimos.
Segundo Nonaka (2000): "As empresas são como um organismo vivo, pois têm capacidade de desenvolver um senso de identidade e um propósito fundamental coletivos."
Para Terra (2005, p.142): A Gestão do Conhecimento modifica e é modificada pela maneira como as empresas organizam o trabalho e seus principais processos. Por outro lado, é incontestável que empresas tradicionais organizadas segundo os paradigmas industriais, tayloristas e burocráticas não oferecem condições propícias para a gestão do conhecimento.
Aos poucos, o capital intelectual está ocupando o espaço do capital financeiro dentro das organizações, sendo que este último era o mais importante para o sucesso da organização até o período que precedeu a sociedade pós-capitalista.
Hoje, a maior parte das grandes empresas investe pesadamente no seu capital intelectual, a fim de obter maior vantagem competitiva sobre seus concorrentes, através da criatividade e inovação provenientes do conhecimento de seus colaboradores.
Depois que as empresas aprendem e adotam as melhores práticas nos métodos de fabricação, a competição tecnológica se torna estagnada; nesse momento, o fator competitivo é o conhecimento como função estratégica dos recursos humanos da organização.
As organizações, e suas áreas de recursos humanos, buscam cada vez mais tornarem-se educadoras visando reter o seu capital intelectual e, de acordo com Nonaka (2000): "A conversão do conhecimento individual em recurso disponível para outras pessoas é a atividade central da empresa criadora de conhecimento."
Dessa forma, as habilidades e competências individuais são extremamente importantes para a formação de equipes Elas devem ser complementares de forma que possibilitem uma integração real. A formação de cada profissional que atua em equipes multidisciplinares deverá fornecer competências e habilidades que, somadas, possibilitarão a eficiência e a eficácia do trabalho empresarial.
Para contabilizar um valor que está "escondido" na empresa não é fácil, pois não pode ser identificado de imediato. Mas, o grande desafio é encontrar a metodologia adequada para mensurar e contabilizar o Capital Intelectual de natureza intangível, que tem gerado uma grande repercussão no patrimônio das empresas.
Uma empresa deve estar sempre estimulando os conhecimentos de seus colaboradores, que devem ser valorizados por suas contribuições, independente de sua posição hierárquica. Ou seja, os colaboradores transmitem seus conhecimentos à empresa e também, aprendem com ela.