A8/a – Roteiro de Aula (20/05/2011)
CONTINUAÇÃO DAS TEORIAS ÉTICAS
CONTINUAÇÃO DAS TEORIAS ÉTICAS
4-Ética das Virtudes
Etimologicamente o termo VIRTUDE, deriva do latim VIRTUS, em grego: ἀρετή. Encontramos o seguinte significado para o verberte VIRTUDE na enciclopédia virtual WIKIPÉDIA:
“Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem,e elas se aperfeiçoam com o hábito”
PENSADOR EM DESTAQUE = Aristóteles
No site www.eticus.com.br encontramos o seguinte entendimento sobre a ética das virtudes :
A chamada ética das virtudes pode remontar até Aristóteles onde na sua Ética a Nicómaco se pergunta. “Em que consiste o bem para o homem?”Ao que se responde: ”Uma actividade da alma em conformidade com a virtude.” Aristóteles entendia que o bem próprio do homem é a inteligência e como tal este deve viver em conformidade com a razão, pois através dela chega-se às virtudes, sendo a sabedoria a mais importante. Define a virtude como um traço de carácter manifestado no agir habitual, em oposição a manifestações ocasionais desta ou daquela virtude, é um agir que é emanado de um carácter firme e inabalável. A virtude moral é uma característica do carácter que é bom uma pessoa possuir. Várias podem ser apresentadas: benevolência, compaixão, coragem, equidade, afabilidade, generosidade, honestidade, justiça, paciência, sensatez, lealdade, tolerância etc. As virtudes são consideradas importantes pelo facto de que a pessoa virtuosa terá uma vida melhor, sendo necessárias para orientarmos bem as nossas vidas.
4.1-As Diversas Visões da Ética
No decorrer da História do Pensamento Ocidental, constatamos 5 diferentes enfoques explicativos do fenômeno moral, conforme o fundamento no qual se baseia o comportamento humano (cfr. Servais Pinckaers, Las Fuentes de la Moral Cristiana, Eunsa – 2000 – Pamplona, 2a. Edição, pgs. 28-32):
a) ética eudemonológica (das virtudes) – é a ética clássica, focada no que pode conduzir à felicidade natural (Platão e Aristóteles).
b) ética cristã (das bem-aventuranças) – constitui uma elevação da ética natural, pelas exigências maiores que traz, em face do bem mais elevado para o qual aponta: a felicidade eterna (S. Agostinho e S. Tomás de Aquino).
c) ética legalista (dos deveres) – é a ética moderna, com o foco nas obrigações e proibições, onde o motor do agir não seria a felicidade, mas o puro dever, que, assim, nos tornaria dignos da felicidade (Descartes e Kant).
d) ética utilitarista (dos prazeres) – quase não poderia ser chamada de ética, por sua visão pragmática em que os fins pessoais justificam os meios, tendo como fator de ponderação a renúncia a prazeres inferiores e imediatos em vista de prazeres futuros e superiores (Epicuro e Bentham).
e) ética axiológica (dos valores) – centrada naquilo que transcende o meramente factual (bens) para atingir o essencial (valores), captados por uma intuição emocional (Scheler).
5-Teoria Contratualista
A teoria contratualista de Hobbes e Locke explicita a interpretação individualista, dado o contrato ser um ato firmado entre indivíduos conscientes e deliberados que abrem mão em parte ou em todo de seu arbítrio para que outrem o exerça. Esse é o exercício estatal, ao prescrever condutas que devem ser observadas e seguidas de forma heterônoma e externa pelos indivíduos sob a sua tutela.
PENSADOR EM DESTAQUE = Hobbes e Locke
Para Luís Filipe Bettencourt em seu artigo “A Teoria Contratualista”, publicado no site www.criticanarede.com , encontramos o seguinte entendimento :
“Uma questão que muito preocupou os filósofos políticos dos séculos XVII e XVIII foi a de encontrar uma justificação racional — dedutiva — para a existência das sociedades humanas. O problema apresenta-se do seguinte modo: sendo um dado indiscutível (ou pelo menos aceitável pela maioria dos contratualistas) que o homem possui uma natureza própria que lhe garante a liberdade e a igualdade, como explicar a existência dos governos e como legitimar o poder destes? E, se à partida todos são naturalmente livres e iguais, como justificar o dever de obediência ao governo por parte de qualquer indivíduo?
A ideia central contida nas respostas a essas perguntas (que não é de modo algum comum a todos os contratualistas) é a de que, sendo o estado natural uma situação que promove a instabilidade e a insegurança, os indivíduos teriam concordado em associar-se e em constituir um governo, cedendo a este último certos poderes. A condição desta cedência era que os governantes utilizassem esse poder para garantir a segurança de todos. E, assim, os indivíduos comprometer-se-iam a acatar as deliberações do governo. Desse acordo resulta um hipotético contrato que, por ser subscrito por todos, faz que todos saibam quais as suas obrigações e quais as obrigações do governo”.
Eis o fundamento de existência do chamado “ CONTRATO SOCIAL”.
VALE LEMBRAR :
VALE LEMBRAR :
As sete virtudes são derivadas do poema épico Psychomachia, escrito por Prudêncio, intitulando a batalha das boas virtudes e vícios malignos.
Ordenadas em ordem crescente de santicidade, as sete virtudes sagradas são:Auto-satisfação, simplicidade. Abraçar a moral de si próprio e alcançar pureza de pensamento através de educação e melhorias.
- Generosidade (latim: liberalitas) — opõe avareza.
Despreendimento, largueza. Dar sem esperar receber, uma notabilidade de pensamentos ou ações.
- Temperança (latim: temperantia) — opõe gula.
Auto-controle, moderação, temperança. Constante demonstração de uma prática de abstenção.
- Diligência (latim: diligentia) — opõe preguiça.
Serenidade, paz. Resistência a influências externas e moderação da própria vontade.
Modéstia. Comportamento de total respeito ao próximo.