
Outro caso de plágio em tese de mestrado foi descoberto. Fiquei sabendo ontem, e confesso que tal notícia me fez refletir sobre esta prática, que a cada dia torna-se mais comum, principalmente no universo acadêmico.
PLÁGIO É CRIME
Não devemos fazer fita com chápeu alheio
O processo de construção literária com o advento das ferramentas tecnológicas foi consideravelmente alterado. Lembro quando terminei Direito, minha companheira inseparável era uma maquina de escrever Olivette, presente de minha mãe (a propósito um feliz de das mães para todas) e os Códigos que na época não eram disponibilizados em único volume como hoje. O advogado constantemente era obrigado a efetivar pesquisas em Bibliotecas ou dedicar-se a leituras de livros e revistas especializadas para iniciar seu processo de criação que geralmente culminava na relação harmônica entre advogado e a sua maquina de escrever.
O processo de criação de textos, petições e anotações era posto em prática ao som emitido pelas maquinas de escrever que aos poucos tatuavam as letras no papel transformando-as em palavras que por sua vez tranformavam-se em períodos, em frases e por fim em textos.
O processo criativo era mais lento, contudo era vivenciado intensamente, pois tinhamos à nossa disposição apenas o papel, a maquina de escrever e o conhecimento adquirido pela leitura.
Hoje, as coisas mudaram, surgiu o computador, com ele nasceu a internet, que por sua vez deu margem ao aparecimento dos sites de busca, que nada mais são, que ferramentas tecnológicas à disposição do internauta para pesquisa imediata (on line) de gigantescas quantidades de informações à disposição dos novos pesquisadores do profundo oceano virtual.
E quanto aos alunos, antes a busca pelo conhecimento possuia endereço certo, as bibliotecas. A forma de apresentação dos trabalhos variava, alguns preferiam apresentação em cartolinas com recortes de revistas, montagem e outros adereços que tornavam a peça de exposição mais destacada. Uns optavam por trabalhos datilografados (é o novo....quem diria que ficaria velho tão cedo assim). Outros no entanto preparavam seus trabalhos a mão em folhas de papel almaço, meticulosamente diagramado, para impressionar e compensar a ausência da cartolina ou do trabalho feito na cobiçada maquina de escrever.
Hoje, as coisas mudaram, surgiu o computador, com ele nasceu a internet, que por sua vez deu margem ao aparecimento dos sites de busca, que nada mais são, que ferramentas tecnológicas à disposição do internauta para pesquisa imediata (on line) de gigantescas quantidades de informações à disposição dos novos pesquisadores do profundo oceano virtual.
É realmente as coisas mudaram, apenas uma coisa permanece inalterada. O processo criativo deve ser pessoal e individual. Os verdadeiros advogados e alunos, como antes, não recorrem a meios obscuros, copiando a produção literária de outros. A autenticidade é marca dos honestos. A utilização indevida, sem referência de seus verdadeiros autores, de trechos ou textos era, e ainda é, plágio, que nada mais é que a usurpação da essência criativa do intelecto alheio, que na maioria das vezes sequer possui ciência de que está sendo ferido em seu direito.
O plágio é considerado crime, tipificado pelo Código Penal em seu artigo 184, pois a sociedade não admite que nos apropriemos indevidamente de nada de alguem, inclusive de suas idéias, que fazem parte do patrimonio intelectual individual de cada um.
Não esqueça, se for necessário utilizar o CTRL+C e CTRL +V, utilize; sempre para facilitar a produção literária, como fiz nos parágrafos quarto e sexto deste texto; nunca para copiar indevidamente algo de alguem. Afinal de contas, lembro-me de um ditado que atravessou a barreira do tempo e não mudou: “não devemos fazer fita com chapéu alheio.”